sexta-feira, 25 de junho de 2010

No teu intervalo...desassosseguei

No teu intervalo acordei com o Sol lá fora e a chuva cá dentro.
O que é que eu fiz da minha vida que parou neste desassossego.
O que é que eu fiz dos teus dias,
que de tanto te querer passaram a atormentar as minhas noites.
Que tristeza é esta que passou pelos meus olhos e que teima em ficar.
Passeio pela praia de mão dada com o vento
que acaricia os meus sonhos e que me turva o olhar.
Sufoco cada dia nesta vontade de te respirar
que me enlouquece na esperança do teu tocar.
Cruzo-me em vão no teu cheiro
que se me entranha na tua ausência e que não me pertence.
Um dia sonhei que te procurava e foi de tanto procurar que te perdi.
Continuei a sonhar, achei que podia ser o teu quase tudo.
Acordei e fiquei-me pelo teu quase nada.
Que fiz eu da minha vida que mato os dias
na esperança de viver muitos mais que compensem os que me ausentei.
Oh Deus dos outros em quem eu não quero acreditar,
devolve-me a sanidade que na loucura já não sei estar.
E só desta vez ajuda-me a encontrar o caminho da fé,
para que eu possa acreditar no amor até ao resto das nossas vidas.
Ámen.

1 comentário:

Anónimo disse...

um sentir que reconheço ... lindo , especial e enfim uma descoberta ;))

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